O deputado também rebateu declarações do ministro Ciro Nogueira: ‘Passou 20 anos no governo Wellington Dias’
O deputado estadual e vice-presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) Franzé Silva (PT) tornou a criticar o governo Jair Bolsonaro (PL) e rebateu declarações do ministro da Casa Civil Ciro Nogueira (PP). Franzé analisa que o crescimento no número de adesões de lideranças à base governista no Piauí – capitaneada pelo pré-candidato a senador, ex-governador Wellington Dias (PT) e pelo pré-candidato a governador Rafael Fonteles (PT) – é sinal de que a população, políticos e gestores estão percebendo o “retrocesso do governo Bolsonaro”.
“São vários líderes que, recentemente, migraram dos Progressistas para a base do PT e os partidos aliados e vão vir mais ainda, porque as pessoas vão perceber que tem dois projetos: um projeto que já vem dando certo desde 2003 e tem feito o Piauí evoluir, social e economicamente, retirando o Piauí da situação de Estado atrasado para Estado desenvolvido; e outro projeto, que representa o governo Bolsonaro, que colocou o Brasil em descrédito e com uma situação na economia, cada vez mais, preocupante”, assinala Franzé.
O parlamentar lembra que “antes da desincompatibilização de Rafael Fonteles e de Wellington Dias, eu dizia que, quando iniciasse a campanha, a gente ia ver o volume de aceitação e adesões crescer. Estamos comprovando isso agora. Nós percebemos que esse crescimento é contínuo e tem se avolumado o nível de lideranças por todo o Piauí”. O país, na visão de Franzé, passa por uma situação de “retrocesso” trazido pelo governo Bolsonaro, decadência demonstrada pelas quedas nos indicadores sociais e econômicos.
“Nós éramos a 7ª economia do mundo, e hoje somos a 14ª. Isso comprova que há um retrocesso, que gera desemprego, carestia, situação de miséria e fome no Brasil. Diante desses dois projetos totalmente opostos, a população e os líderes vão comprovar por si e é isso que está fazendo a migração daqueles que acreditavam na ilusão do governo Bolsonaro para aqueles que acreditam na esperança de um governo Wellington, que vem dando certo de 2003 até agora e, ainda mais, com a esperança do retorno do presidente Lula”, pontua.
‘Vamos para o bom debate, senador’
Franzé também rebateu fala do ministro da Casa Civil Ciro Nogueira, que criticou a duração do governo Wellington Dias. “Ciro foi aliado do nosso projeto [governos do PT], durante boa parte desses vinte anos, tanto em nível estadual como federal. Quem precisa apresentar um projeto melhor que este que está sendo executado no Piauí é o senador Ciro e seu pré-candidato a governador [Sílvio Mendes – União Brasil], que representa o desgoverno Bolsonaro, que está fazendo o Brasil cair em descrédito total entre as economias do mundo. O eleitor sabe diferenciar quem faz o bem e quem faz farofa. Vamos ao bom debate, senador”, desafia.
União Lula e Alckmin
Sobre a união político-eleitoral do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), o deputado Franzé Silva diz defender a aliança, porque, na sua visão, “a chapa Lula-Alckmin representa a estabilidade política necessária para fazer o país retomar o crescimento econômico”. Franzé faz um resgate histórico para justificar sua posição.
“Lá atrás, houve uma situação de desconforto, dentro de alguns setores do PT, quando o presidente Lula se aliou a um empresário [José Alencar] para ser seu vice. E isso foi a decisão que mais deu certo, o trabalho de duas forças, juntando o trabalhador com o empresário, sinalizando para a economia (mercado nacional e internacional) e para um equilíbrio dentro da condução política no país”, explica.
“Essa junção de Alckmin com Lula vai mostrar para o país e para o exterior que nós estamos preocupados com a retomada da economia, unindo esquerda e centro, que é o que nós precisamos: ter a estabilidade política no país. Além disso, Bolsonaro perdeu o discurso direita-esquerda, com a vinda de um político que representa o centro, para compor com o presidente Lula uma chapa forte”, acrescenta.